Fórum Animal participa de conferência internacional de Métodos Alternativos

A Capital do Rio de Janeiro sediou, nos dias 23 e 24, a Segunda Conferência Panamericana de Métodos Alternativos. O evento reuniu diversos pesquisadores e palestrantes de diferentes países e contou com mesas redondas sobre temas relacionados a testes de cosméticos, fragrâncias, agroquímicos, medicamentos, políticas educacionais, educação humanitária, atuação das ONGs e implementação dos 3Rs. Também foram discutidos temas essenciais como o desenvolvimento de métodos alternativos ao uso de animais em testes de toxicologia sistêmica e alergia, caminhos para garantir segurança para cosméticos que usam ingredientes não testados em animais, formas de consolidar a substituição do uso prejudicial de animais no ensino, dentre outros.

Em sua apresentação na mesa redonda sobre Políticas de Encorajamento de Educação Humanitária na América Latina, nossa coordenadora de bioética, Karynn Capilé, alertou que os pesquisadores que usam ou podem vir a usar animais precisam ter preparo para tratar das questões éticas imbricadas nas práticas que envolvem o uso de animais.“Para que a substituição do uso prejudicial torne-se de fato um objetivo sério nas políticas educacionais, é imprescindível que consigamos construir uma base educacional crítica e interdisciplinar, que leve em consideração a complexidade do fazer científico, incluindo suas implicações éticas”, afirmou.

Na mesa sobre Desenvolvimento de Novos Métodos de Educação Humanitária, a professora de cirurgia veterinária da USP, Júlia Matera, uma das primeiras veterinárias do Brasil a defender a substituição do uso prejudicial de animais em aulas, pontuou que “os profissionais precisam se atualizar, acompanhar os avanços éticos e científicos”. Segundo ela, “um professor que busca métodos substitutivos está contribuindo também para a formação do caráter do profissional”.

Já a veterinária Norma Labarthe, também pioneira na luta contra a crueldade com animais, teve uma fala contundente na mesa redonda sobre Proteção Animal e Avanço Científico, afirmando que há muitas evidências de que o uso de métodos alternativos pode ser favorável ao desenvolvimento científico, porém é preciso que a sociedade se posicione ativamente sobre esta demanda. “Substituir o uso de animais é possível! Nós precisamos pressionar as autoridades!” concluiu a pesquisadora.

O Fórum animal apoia e parabeniza todos os pesquisadores que buscam o desenvolvimento de uma ciência livre de exploração animal!

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