Uma só Terra. Em 2022, 50 anos após a criação do dia mundial do meio ambiente, ainda não fomos capazes de sermos sustentáveis para o planeta

O dia 05 de Junho é o Dia Mundial do Meio Ambiente. Essa data foi escolhida por ser a abertura da Conferência das Nações Unidas sobre o ambiente humano realizada em 1972 em Estocolmo, conhecida como Conferência de Estocolmo e que estabeleceu o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). O primeiro dia foi celebrado com o tema “Uma só Terra”.

A história desse dia é marcada pelas tentativas de chamar atenção da comunidade e organizações nacionais e internacionais para os desafios ambientais urgentes e que crescem a cada dia, pela morosidade em assumir que o futuro do planeta depende de intervenções imediatas e urgentes.

Em 50 anos de discussões e alertas sobre o tema, vemos que a exploração ainda supera (e muito) a preocupação ambiental, e que países mais desenvolvidos continuam a postergar ações para frear a destruição ambiental, intensificando os impactos das alterações climáticas em especial para populações mais vulneráveis e povos originários em países menos desenvolvidos. A falta de saneamento básico, grilagem e exploração de terra em alguns locais intensifica as desigualdades sociais e são exemplos do racismo ambiental. Desastres ambientais são graves e impactam a vida de toda uma comunidade, mas tendem a ser piores para alguns grupos que vivem em regiões de maior risco. 

A exploração animal também é parte desse problema, pois para que ela aconteça, envolve o avanço de pastagens para criação de animais e o despejo de dejetos que poluem o solo, água e o ar. Sem contar o sofrimento e morte de milhares de animais domésticos, temos os animais silvestres vítimas da ganância humana na caça e tráfico e também das queimadas, como resultado das alterações climáticas e da ausência de políticas ambientais.

Além de promessas de preservação ambiental é preciso ações concretas e sérias para lidar com o tema. Apesar de avanços, ainda há um longo caminho para percorrer. Muitas nações deixam para um amanhã abstrato a implantação de ações de preservação ambiental ou esperam de outros o que eles mesmo não realizam, esquecendo-se que sofremos hoje e sofreremos ainda mais amanhã os resultados das mudanças já muito perceptíveis no clima e talvez irreversíveis.

Preservar o meio ambiente precisa ser prioridade e não pode mais ser deixada para um segundo plano como é feito nestes 50 anos.


Texto: Haiuly Viana

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