Preservação dos tubarões: uma luta urgente pelo equilíbrio marinho🦈

Na última segunda-feira, 19/06/23, uma apreensão gigantesca de barbatanas de tubarão pelo IBAMA trouxe à tona uma prática alarmante que persiste mesmo com a proibição da pesca de espécies em extinção no Brasil. Estima-se que mais de 10 mil animais tenham sido vítimas deste triste episódio, que serve como alerta para a persistência da pesca clandestina de tubarões, uma atividade que ocorre apesar das regulamentações existentes.

Uma das táticas utilizadas pelos barcos pesqueiros envolvidos nessa atividade ilegal é aproveitar a permissão de pesca destinada a outras espécies para capturar tubarões, visando exclusivamente a extração de suas barbatanas. Essa prática desumana é conhecida como “finning” e consiste no corte das barbatanas e no descarte do restante do corpo do animal de volta ao mar, muitas vezes ainda vivo. No Brasil, essa prática é proibida conforme o artigo 3º da Instrução Normativa Interministerial MPA/MMA N° 14, de 26/11/2012.

As barbatanas são usadas no mercado asiático como uma iguaria, por questões culturais e prestígio, sendo preparadas em uma sopa servida em ocasiões especiais. Acredita-se que essa sopa traga benefícios à saúde, porém sem evidências científicas que comprovem tais alegações.

A situação no Brasil é extremamente preocupante, com dados alarmantes indicando que 43% das espécies de tubarão enfrentam risco iminente de extinção, de acordo com a SEA SHEPHERD. A operação do IBAMA resultou na maior apreensão de barbatanas no mundo, sendo identificadas espécies já ameaçadas de extinção.

O Brasil é o maior importador mundial de carne de tubarão. Entretanto, ao adquirir carcaças de tubarão de países envolvidos no comércio de barbatanas, como China, Espanha e Uruguai, acaba indiretamente contribuindo com essa prática. É importante destacar que a legislação para a importação não possui restrições significativas.

Para piorar a situação desses animais, os tubarões são vendidos como “cação”, e a maioria das pessoas desconhece que se trata de um tubarão menor ou filhote e pode ser até mesmo um tubarão maior. A rotulagem incorreta permite essa comercialização, juntamente com outros fatores que ameaçam a preservação da espécie, como preços atraentes, falta de uma política pública adequada, uso de partes do corpo do animal como souvenirs, acessórios e bijuterias, além da utilização da cartilagem e do óleo de fígado de tubarão como matéria-prima para medicamentos e cosméticos.

A iniciativa “Cação é Tubarão” da SEA SHEPHERD realiza um levantamento minucioso para identificar os locais de comércio de tubarões e raias no Brasil. O objetivo é analisar as espécies envolvidas e suas origens, além de conscientizar a sociedade sobre essa prática e exigir medidas governamentais imediatas. Saiba mais sobre como ajudar no link da campanha “Cação é Tubarão – Sea Shepherd Brasil”.

A pesca indiscriminada de tubarões tem consequências devastadoras para a vida marinha e o ecossistema oceânico. Esses magníficos animais desempenham um papel crucial no equilíbrio do ecossistema, contribuindo para a regulação das populações de espécies, estabilização das cadeias alimentares, redução das alterações climáticas e indicador da saúde dos oceanos.

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