Raiva, melhor prevenir do que lamentar!

O caso de um cão diagnosticado com raiva na cidade de São Paulo veio a público nesta segunda-feira (4), mas o laudo confirmando a infecção é datado da última quinta (31).

Segundo noticiado, o animal foi resgatado com sintomas neurológicos e levado para tratamento em Taboão da Serra, onde o mantiveram isolado. Devido ao quadro grave, o animal foi eutanasiado e seu cadáver encaminhado para diagnóstico da raiva. Esse diagnóstico é feito com análise de amostra do cérebro do animal.

A raiva é uma zoonose, doença que pode ser transmitida entre pessoas e animais. É transmitida pelo contato com a saliva de animais infectados, através da mordedura, lambedura ou arranhadura, mas pode ser prevenida pela vacinação anual dos animais. 

Cães, gatos, bovinos, equinos, animais silvestres e pessoas podem contrair o vírus e adoecer. É uma doença infecciosa, causada por um vírus altamente letal. 

Os animais doentes podem ter alterações neurológicas, como inquietação, salivação excessiva, dificuldade para engolir, paralisia de músculos e alterações comportamentais, como agressividade.

Há diferentes linhagens (variantes) do vírus, transmitidas por diferentes espécies de animais, como morcegos e canídeos silvestres. A variante que causava a raiva transmitida pelos cães está controlada no país graças às campanhas massivas de vacinação de cães e gatos.

Desde 2008 não há casos de raiva humana causada por esta variante, mas ainda há surtos de casos associados à variante dos morcegos e de animais silvestres. No caso divulgado esta semana, ainda não se sabe qual a variante do vírus. Segundo dados do Ministério da Saúde, no ano passado (2022), foram diagnosticados 9 casos de raiva em cães e 7 em gatos. Oito foram por variante de morcego, três por variante de canídeos silvestres, e em cinco casos o sequenciamento viral ainda estava em análise.

Morcegos são animais noturnos. Se avistar algum no chão durante o dia, não pegue ou manipule. Informe imediatamente o serviço de zoonoses da sua cidade.

Esse caso recente serve como um alerta para os tutores de animais para que mantenham a vacinação dos seus animais em dia e para os serviços de saúde manterem as estruturas necessárias para a adequada vigilância desta grave zoonose. 

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