Passeios turísticos NÃO COMBINAM com a exploração de animais. Mesmo assim, alguns resorts, empresas e guias turísticos pelo Brasil insistem em práticas condenáveis, como oferecer fotos com araras, montaria com camelos, nadar com golfinhos… casos assim precisam ser denunciados e proibidos!

Em Jericoacoara, um destino turístico muito procurado no Ceará, o Ministério Público Estadual cobrou que a prefeitura local proíba o uso de charretes e montarias que usam tração animal para passeios.

O Ministério Público do Ceará deu prazo de cinco dias para a Prefeitura de Jijoca de Jericoacoara se manifestar sobre o tema, aceitando ou não a recomendação, sob pena de adoção de medidas judiciais em caso de descumprimento sem justificativa.

A recomendação foi feita após denúncias de maus-tratos, abandono de animais e até mortes de equinos por exaustão devido à rotina de trabalho, segundo informações do Ministério Público fornecidas à imprensa. É notória em Jericoacoara a “falta de cuidado dos donos de animais que prestam o serviço de passeios turísticos”, diz o Ministério Público.

O Fórum Animal aponta preocupação com o bem-estar dos animais em Jericoacoara. Neste tipo de turismo com exploração de animais, cavalos e jumentos em geral são presos em carroças e submetidos a longas horas de “trabalho”, privados de descanso e por vezes submetidos a agressões físicas e psicológicas, apenas para que os turistas usufruam de seus passeios. A dignidade dos animais é descartada como algo irrelevante.

Queremos saber o que o prefeito de Jijoca de Jericoacoara, Lindbergh Martins, tem a dizer. Será que a prefeitura vai seguir o que cobra o Ministério Público e proibir a tração animal no município?

Autor: Rafael Sampaio, gerente de Comunicação do Fórum Animal