Em meio à tragédia, quais vítimas são invisíveis?

Em meio às chuvas que atingem o Rio Grande do Sul, o resgate e o cuidado dos animais se tornou uma pauta urgente. Milhares de vítimas não-humanas foram atingidas, com várias fatalidades. Enquanto isso, veterinários, bombeiros e outros voluntários trabalham incansavelmente para salvar os animais que estão vivos. 

A falta de estrutura e organização é um desafio, mas iniciativas como abrigos e ações de universidades estão fazendo a diferença. Porém, o futuro dos animais permanece incerto, com a preocupação sobre o que acontecerá quando a crise passar. 

Em Porto Alegre, por exemplo, 70% das pessoas desalojadas vivem com animais domésticos. Grupos de voluntários, entidades públicas e privadas estão mobilizados para dar apoio a essas pessoas e seus animais.

Diante de tamanho desastre, saber que um animal doméstico foi resgatado é uma esperança, um pequeno milagre. É um alívio para a família que pode reencontrá-lo. Mas nessa emergência climática, como ficam as vítimas invisíveis?

Estamos falando de porcos, galinhas, vacas, bois, cavalos, perus, patos e outros animais que são explorados em fazendas. Notícias se espalham de mortes aos milhares destes animais. As equipes de voluntários têm se esforçado dia e noite para resgatar os que sobreviveram.

Em entrevista à imprensa, o secretário-adjunto de Agricultura do Rio Grande do Sul, Márcio Madalena, chegou a dizer que “há rebanhos inteiros que ainda estão debaixo d’água”, numa menção à quantidade de vidas que já foram ceifadas.

É essencial reconhecer o trabalho também dos abrigos e santuários que acolhem essas vidas. Mas quantos recursos públicos estão sendo direcionados para salvar animais em situação de fazenda? Que iniciativas governamentais vão ser adotadas? O Poder Público vai ajudar a organizar abrigos focados nestes animais?

A nossa preocupação é constante sobre o futuro de todos os animais e a necessidade de abrigos permanentes. Juntos, vamos garantir que ninguém seja deixado para trás.

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