A decisão veio após investigações da PETA Ásia revelarem abusos e crueldades na exploração desses animais para o turismo. Segundo a PETA, cavalos são forçados a carregar carruagens sob o calor extremo, sem acesso a comida, sombra ou cuidados veterinários. Já os camelos são usados para fotografias, vivendo em condições precárias e sofrendo maus-tratos.

Investigações flagraram cavalos desnutridos se alimentando de lixo e até corpos de animais, descartados em terrenos baldios próximos às pirâmides. Além disso, a PETA segue pressionando as autoridades egípcias para proibir essa exploração e já reuniu mais de 45 mil assinaturas em uma petição global.

A mudança mostra que o turismo pode evoluir para práticas éticas, utilizando alternativas para evitar o sofrimento animal, como teleféricos ou carrinhos elétricos para passeios. Turistas conscientes têm o dever de buscar atividades que não explorem animais.

A decisão do Airbnb é um passo importante, mas ainda há muito a ser feito. Queremos saber: o Airbnb oferece outros passeios que envolvam a exploração de animais? Por exemplo, “nadar” com golfinhos ou fazer fotos com araras? Caso estes passeios existam, a plataforma pretende acabar com eles também? É preciso ir além deste avanço e garantir que nenhum desses passeios seja oferecido por nenhuma empresa ou plataforma de turismo e hospedagem.

A exploração animal no turismo não se limita ao Egito – em diversas partes do mundo, elefantes são forçados a carregar turistas, golfinhos são mantidos em cativeiro para shows, burros enfrentam jornadas exaustivas, e até cães e renas são explorados em passeios.

O Fórum Animal defende que nenhuma viagem turística e nenhuma experiência justifica o sofrimento dos animais. Em todo lugar do mundo, os animais precisam ser protegidos, e não explorados.