Retrocesso: Argentina retoma a exportação de animais vivos após 52 anos de proibicão

Após mais de cinco décadas de proibição, a Argentina voltou a permitir a exportação de animais vivos para o abate pela indústria da carne. Essa decisão ignora os inúmeros relatos de maus-tratos e sofrimento a que animais são submetidos com essa prática.

A mudança está em vigor desde o final de fevereiro, e faz parte de um “pacote” de medidas para desregulamentar a economia do país, tomadas pelo governo do presidente argentino, Javier Milei.

Que espécies são alvo dessas exportações? Em todo o mundo, são vacas, bois, porcos, ovelhas e outros animais. Eles passam semanas confinados em navios superlotados, enfrentando calor intenso, falta de espaço, estresse extremo, sujeira e doenças. Os animais que chegam vivos ao destino final enfrentam um fim brutal em matadouros estrangeiros.

Enquanto países como Nova Zelândia e Reino Unido já baniram essa prática cruel, o governo da Argentina escolheu seguir na contramão do progresso. Tratar animais como meros produtos de exportação desconsidera sua capacidade de sentir dor, medo e angústia. O bem-estar animal não pode ser deixado de lado em nome de interesses econômicos. Precisamos de políticas que respeitem a vida e promovam alternativas éticas e sustentáveis para a pecuária.

Ativistas e organizações em defesa dos animais na Argentina criticam a decisão do governo Milei. “Esses seres sencientes viajam em condições de superlotação em meio a suas próprias fezes e urina. Muitos não sobrevivem à viagem, e até foi documentado que aqueles que estão doentes ou enfraquecidos pelas condições são jogados vivos no mar”, pondera o movimento “Sintientes” em um post publicado nas redes sociais.

Diga nos comentários qual seria o seu recado para o governo da Argentina, diante desta notícia. Nós, do Fórum Animal, temos o nosso recado: o sofrimento animal não pode ser ignorado e essa prática desumana não deveria prosseguir em nenhum lugar da América Latina ou do mundo.

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