Dia Mundial Sem Carne: Repensando o Consumo e a Sustentabilidade

Somos 8 bilhões de humanos neste planeta, mas criamos e abatemos cerca de 80 bilhões de animais terrestres, além de incontáveis animais aquáticos, todos os anos, para consumo

Autor: Lucas Galdioli, gerente do projeto VegMonitor, do Fórum Animal

Você sabia que hoje é o Dia Mundial Sem Carne? A data de 20 de março foi estabelecida a partir de campanhas da organização Farm Animal Rights Movement (@farmusa), com o propósito de ampliar a conscientização da sociedade acerca dos impactos do consumo de carne, além de difundir informações sobre os benefícios de uma alimentação baseada em vegetais.

Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) estimam que a população mundial crescerá para 9,8 bilhões de pessoas em 2050, um aumento de cerca de 20% em comparação com a população atual, de aproximadamente 8,2 bilhões de pessoas.

As transformações demográficas e o crescimento populacional implicam uma demanda crescente por produtos de origem animal, especialmente carne, laticínios e outros itens. Quem busca suprir esta demanda? Fornecedores, grandes e pequenos produtores, indústrias de alimentos. Entretanto, os sistemas de produção alimentar modernos, particularmente o setor agrícola e o pecuário, exercem um impacto extremamente insustentável sobre o meio ambiente.

Além disso, tais sistemas acarretam riscos à saúde humana e grande crueldade para os animais. Existem cada vez mais evidências científicas robustas que nos incentivam a abandonar a pecuária industrial pelo bem do meio ambiente, dos animais, da nossa saúde pessoal e da saúde pública.

Somos 8 bilhões de seres humanos neste planeta, mas criamos e abatemos cerca de 80 bilhões de animais terrestres, além de um número ainda maior de animais aquáticos, todos os anos, apenas para consumo. A atividade pecuária é uma forma altamente ineficiente de produção de alimentos, visto que os animais criados para abate consomem muito mais calorias e nutrientes do que disponibilizam na forma de carnes e derivados.

Uma dieta sustentável é aquela cuja produção tem pouco impacto ambiental, protege e respeita a biodiversidade e os ecossistemas, é nutricionalmente adequada, segura, saudável, culturalmente aceitável e economicamente acessível.

A comissão EAT-Lancet sobre Alimentos, Planeta e Saúde descreve que uma dieta saudável para as pessoas e para o planeta precisa ter sua base fundamentada no consumo de alimentos de origem vegetal, minimizando o uso de produtos de origem animal. Para alcançar esse objetivo até 2050, é necessário dobrar o consumo de alimentos vegetais e reduzir o consumo de determinados itens, como carne vermelha e açúcar, em mais de 50%. Uma dieta baseada em plantas com baixo consumo de alimentos animais proporciona melhorias à saúde humana e traz benefícios para todo o planeta.

Conheça o Projeto VegMonitor, iniciativa do Fórum Animal, que tem o intuito de fazer com que as pessoas entendam que a mudança na forma como nos alimentamos é fundamental para que possamos criar uma nova perspectiva de sobrevivência das espécies. 

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O objetivo é educar a sociedade para um mundo mais justo, mostrando que a alteração dos nossos hábitos alimentares é indispensável para garantir uma nova perspectiva de sobrevivência das espécies. Inscreva-se, faça a diferença e transforme seus hábitos!

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