Dezenas de cidades de todo o Brasil foram palco de manifestações contra a exportação de animais vivos, ocorridas no último domingo, dia 15 de junho. O objetivo foi deixar claro que a sociedade não aceita mais essa prática cruel, em que empresas lucram ao enviar centenas de milhares de animais para serem vendidos a países distantes, onde serão mortos para serem consumidos.
“Não podemos admitir que a nossa Constituição, que é um exemplo, seja desrespeitada dessa forma. Não vamos nos render ao agronegócio brasileiro, que tem imposto tanto sofrimento, crueldade, abuso e maus-tratos aos animais todos os anos”, diz a Diretora Técnica do Fórum Animal, Vania Nunes, que participou do ato em São Paulo.
Contra o que lutam os manifestantes? No caso do Brasil, a exportação de animais se concentra nos bovinos, que são enviados pelas empresas em grandes embarcações precárias através dos oceanos. Esse transporte leva semanas e até meses. São condições terríveis a que os animais são submetidos, e é isso que os ativistas questionam.
Em São Paulo, os ativistas se concentraram na Avenida Paulista, em frente ao MASP, e caminharam com faixas, cartazes e placas mostrando sua indignação contra essa prática odiosa. Além da capital paulista, houve atos no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte, Porto Alegre, Belém, Fortaleza, Salvador, Manaus, Curitiba, Niterói, Rio Grande (RS), São Sebastião (litoral de SP), entre várias outras cidades.
“Não vamos nos esquecer que neste ano, o Brasil vai sediar a COP 30. Que exemplo é esse que nós vamos dar?”, pergunta Vania. É preciso enfrentar essa realidade, “incompatível com qualquer princípio ético ou legal”, na opinião da Diretora-Técnica do Fórum Animal. Só no Brasil, mais de um milhão de bovinos foram exportados dessa maneira em 2024, rumo a países como Iraque, Turquia e Egito, segundo dados da Secretaria do Comércio Exterior (Secex), organizados pela campanha #NãoExporteVidas.
A campanha brasileira #NãoExporteVidas não é organizada pelo Fórum Animal, mas nos unimos a ela para denunciar esta prática absurda.
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