Os animais que foram resgatados do Le Cirque em 2008 não vão voltar a sofrer maus-tratos. Uma decisão judicial, expedida ontem (29 de abril), determinou que os animais permaneçam nos locais onde estão acolhidos e cuidados e que, até o final do processo, nenhum deles seja entregue aos donos do circo.
A Ação Civil Pública na qual o juiz Carlos Maroja, da Vara do Meio Ambiente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF), concedeu liminar foi impetrada pelo Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, juntamente com outras entidades.
“Depois de 11 anos de batalha judicial, vimos que os únicos condenados foram os animais. Além de terem sido retirados de seus habitats naturais, foram escravizados, viveram confinados, torturados e agora estavam fadados a voltar a essa terrível situação. Não podemos deixar que essa crueldade se repita e continuamos trabalhando para que os animais não retornem para o circo“, destaca Ana Paula Vasconcelos, advogada e representante do Fórum Animal no Distrito Federal.
Entenda o caso
Em 2008, sete elefantes, duas girafas, dois chimpanzés, duas lhamas, dois camelos, um rinoceronte, um hipopótamo e nove pôneis que sofriam maus-tratos em um circo que estava em Brasília foram apreendidos por decisão judicial e encaminhados a santuários de todo o país.
Em sentença, os donos do circo foram condenados por crimes de maus-tratos e desobediência. Eles entraram com recursos e o Tribunal de Justiça do Distrito Federal entendeu que não havia provas de que os réus praticaram condutas com intenção de causar sofrimento aos animais e acabaram absolvidos.
Assim, o circo obteve na justiça a permissão para ter os animais de volta. Porém, o Fórum Animal interveio e conseguiu a liminar para que os bichos permaneçam onde estão, bem cuidados e alimentados, e não voltem a sofrer maus-tratos nas mãos do circo.
Como estão os animais?
Atualmente, sete elefantes, um hipopótamo, um rinoceronte, dois chimpanzés e nove pôneis permanecem sob cuidados das instituições que os receberam. O Fórum Animal continua acompanhando o processo e trabalhando para que os animais não retornem ao circo.
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