O Brasil perdeu 94% de sua população de jumentos nos últimos 30 anos. O país abrigava 1,37 milhão de jumentos em 1999, número que foi reduzido para cerca de 78 mil em 2025, de acordo com dados da FAO, IBGE e Agrostat compilados por veículos de imprensa. Uma das principais explicações para a matança de tantos animais é a atuação de frigoríficos, que lucram com a morte dos animais.
Três frigoríficos autorizados para o abate de jumentos estão localizados na Bahia. A grande demanda pelos animais vem da indústria chinesa, para a produção de ejiao. O ejiao é comercializado na Ásia como um “suplemento” que supostamente aumentaria a vitalidade. O produto é fabricado a partir de colágeno retirado da pele dos jumentos.
A proteção aos jumentos mobiliza organizações da sociedade civil, pesquisadores, ativistas e especialistas. Reportagens publicadas pela mídia apontam o risco de desaparecimento da espécie em território brasileiro, caso o ritmo de abates continue acelerado.
A exploração coloca em risco a existência dos jumentos em nosso país, uma situação calamitosa e que precisa acabar. É hora de o governo da Bahia, o Ministério Público e as demais autoridades agirem para evitar uma catástrofe ainda maior.
É urgente defender a vida dos jumentos!
Para discutir formas de proteção e garantia do futuro dos jumentos no Brasil, um evento vai ser realizado com a participação de ONGs e pesquisadores em Maceió (AL), nesta semana.
Promovido pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL) com apoio da organização britânica The Donkey Sanctuary, o “3º Workshop Internacional – Jumentos do Brasil: Futuro Sustentável” acontece entre os dias 26 e 28 de junho. O evento contará com o lançamento do relatório global “Stolen Donkeys, Stolen Futures”, além da campanha internacional “Stop the Slaughter” (“Parem o Abate”).