PESQUISA DATAFOLHA
NOVA PESQUISA DATAFOLHA MOSTRA QUE CONSUMIDORES BRASILEIROS ESTÃO PREOCUPADOS COM O SOFRIMENTO DOS ANIMAIS AQUÁTICOS CRIADOS PARA CONSUMO
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PERSPECTIVA DOS CONSUMIDORES
A conscientização reflete a visão do consumidor contemporâneo, que busca simultaneamente a sustentabilidade e o bem-estar animal em suas escolhas alimentares.
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EMPRESAS CONSCIENTES
Adotam boas práticas, incluindo a busca por certificações, para garantir que seus produtos atendam aos padrões de demanda sustentável e bem-estar animal.
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MOVIMENTO GLOBAL
Existe um esforço crescente para promover práticas mais éticas na indústria alimentícia do pescado para assegurar o mínimo de bem-estar dos animais ao longo de toda a cadeia de produção.
O Instituto DataFolha conduziu uma nova pesquisa encomendada pelo Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, revelando que os brasileiros se preocupam com o bem-estar dos animais aquáticos.
A pesquisa aponta que, embora 75% dos entrevistados não estivessem cientes das práticas de abate e bem-estar de peixes, 89% mostraram interesse após receberem informações. Notavelmente, 86% afirmaram que deixariam de comprar produtos de criadores sem preocupação com o bem-estar animal, sendo que 53% estariam dispostos a pagar mais por produtos com garantia de bem-estar animal.
A estimativa populacional , com base nos dados do IBGE em 2022, o percentual de quem se importa com o Bem-estar animal para peixes é de 180,7 milhões de brasileiros.
objetivo
Medir o grau de conhecimento e preocupação das pessoas com o bem-estar do peixes criados para consumo.
metodologia
- Utilização de metodologia quantitativa.
- Realização de entrevistas pessoais.
- O estudo teve alcance nacional.
- Inclusão de Regiões Metropolitanas e Cidades do Interior de diferentes portes
- As entrevistas foram realizadas entre os dias 06 a 14/11/2023.
- O tempo de aplicação do questionário foi de aproximadamente 8 minutos.
A pesquisa foi conduzida com a população brasileira, com idade a partir de 16 anos.
Pesquisas anteriores relataram que quase nove em cada dez pessoas ouvidas pelo Datafolha responderam que se importam em maior ou menor grau com o sofrimento de animais de fazendas, mas será que isso muda quando falamos de peixes? Animais que vivem longe de nossos olhos?
O Instituto DataFolha respondeu, nesta nova pesquisa, que os brasileiros também se importam com o bem-estar dos animais aquáticos.
Essa pesquisa abrangeu todo território nacional, em 112 municípios tanto de regiões metropolitanas quanto interior, com pessoas com mais de 16 anos e sendo a média de idade de 43 anos, com diferentes níveis de escolaridade, de diferentes rendas familiares e individuais, e de todas as classes sociais, sendo a classe C representada por 47% dos entrevistados.
ABRAGÊNCIA NACIONAL
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Conhecimento do público sobre peixes
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Possível mudança de Comportamento
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Quando analisamos as classes sociais, a classe C também é a que mais se importa, atingindo 93%; as classes A/B com 91% e D/E com 81%. Isso mostra que o brasileiro ainda os que tenham menor poder de compra, valorizam o bem-estar dos peixes. Entre as classes C (86%) e D/E (também 86%), relataram que deixariam de comprar produtos que promovem sofrimento animal, sendo que 53% e 48% respectivamente pagariam mais caro por isso; entre as classes A/B, 84% deixariam de comprar e 59% pagariam mais caro.
Quando projetamos um futuro sobre esse panorama vemos que as mudanças se acentuam ainda mais nos jovens entre 16 e 24 anos, visto que 95% se importam com o bem-estar dos peixes; e entre os adultro com 25 a 34 anos, 90% se importam com o bem-estar dos peixes. Ou seja, são futuros consumidores que levarão em conta o bem-estar dos peixes antes de realizarem a compra, sendo que 62% estão dispostos a pagar mais caro por um produto que ofereça bem-estar aos animais.
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O Fórum Animal, por meio da frente de Proteção e Defesa dos Animais Aquáticos (ProDAA), trabalha para estabelecer uma parceria corporativa eficaz com empresas que atuam na comercialização de peixes e seus subprodutos no Brasil.
Nosso objetivo é propor que essas empresas incorporem de maneira permanente em suas operações práticas que promovam o bem-estar dos animais aquáticos.
Diante dessa demanda dos consumidores brasileiros para abraçar mudanças significativas em prol do bem-estar dos peixes, mostrada no resultado dessa pesquisa, as empresas têm uma oportunidade única de liderar essa transformação. Além dos benefícios éticos e ambientais na adoção de práticas mais humanas, a adaptação a essas novas expectativas pode resultar em ganhos econômicos substanciais. Isso consolida a importância crescente do compromisso com práticas sustentáveis e éticas no mercado do pescado brasileiro.