Proteção e Defesa de Animais Aquaticos (ProDAA)
O ProDAA é uma iniciativa do Fórum Animal, voltada exclusivamente para a proteção e defesa dos animais aquáticos.
Nossa missão é despertar a consciência, sensibilizar e mobilizar tanto pessoas quanto organizações em favor do bem-estar animal (BEA) para os peixes.
Reconhecemos a importância de direcionar esforços para garantir condições de vida respeitosas e saudáveis para a maioria das espécies aquáticas.
Nós acreditamos que a conscientização e o engajamento tanto de consumidores quanto de organizações são essenciais para criar uma mudança significativa em prol do bem-estar dos peixes, estabelecendo padrões mais elevados de ética, bem-estar e sustentabilidade na cadeia produtiva da indústria do pescado.
DIRETRIZES
Criamos diretrizes para um compromisso público das empresas de setor alimentício para o BEM-ESTAR dos peixes criados em cativeiro para consumo.
Apresentamos essas diretrizes como constituintes de um compromisso público de bem-estar animal a ser assumido por produtores, frigoríficos e varejistas de peixes, em toda a cadeia produtiva, incluindo de derivados de peixes (ração, couro e outros produtos alimentícios) que operam no Brasil.
A discussão sobre BEA na cadeia produtiva da carne iniciou-se em 1979. Mas 40 anos se passaram antes que nos preocupássemos com um mercado que abate 15 vezes mais animais do que qualquer outro.
Por esse motivo a equipe de Relações Corporativas do Fórum Animal trabalha intensamente para firmar compromissos públicos com produtores e distribuidores que estejam dispostos a se comprometer com o bem-estar animal em seus processos.
Essa iniciativa para atingir animais aquáticos explorados é pioneira no país.
Nossas Diretrizes para o Compromisso de Bem-estar de Peixes na Piscicultura, reúne o que consideramos padrões aceitáveis de bem-estar animal, enquanto não conseguimos a plena libertação animal.
Essa iniciativa para atingir animais aquáticos explorados é pioneira no país.
Nossas Diretrizes para o Compromisso de Bem-estar de Peixes na Pisciultura, reúne o que consideramos padrões aceitáveis de bem-estar animal, enquanto não conseguimos a plena libertação animal.
Workshop de lançamento das Diretrizes
As diretrizes têm como propósito melhorar as condições de vida dos peixes criados para consumo, promovendo o respeito e a empatia pelos animais aquáticos e incentivando empresas do setor a assumirem compromissos com o bem-estar animal.
Um passo importante na promoção do bem-estar de peixes e inspiração para empresas adotarem práticas mais éticas e responsáveis na indústria de alimentos aquáticos.
Juntos, podemos fazer a diferença na vida desses animais aquáticos e promover um futuro mais compassivo e sustentável.
Vertentes dos animais aquáticos
Para elaborar essas diretrizes estudamos as diversas vertentes que abrange a nossa relação com os animais aquáticos. Cada uma possui implicações únicas em termos de ética para o bem-estar animal e a sustentabilidade.
A afirmação de que cada vertente possui implicações únicas em termos de ética para o bem-estar animal e a sustentabilidade destaca a complexidade e a individualidade de cada aspecto da interação humana com os animais aquáticos. Por exemplo, as práticas de pesca comercial (industrial ou artesanal) podem ter desafios éticos diferentes dos encontrados na aquicultura, exigindo abordagens específicas para garantir tanto a ética quanto a sustentabilidade em cada caso.
piscicultura
Psicicultura
A piscicultura é a prática de criar e cultivar peixes realizada em ambientes controlados, como tanques, lagoas ou sistemas fechados, com o objetivo de produzir peixes para consumo humano, ornamentação, pesquisa científica ou repovoamento de áreas aquáticas.
Na prática da piscicultura, é essencial proporcionar aos peixes as condições ideais de alimentação e Bem-estar para favorecer um crescimento saudável e eficaz. Os criadores de peixes rotineiramente precisam supervisionar elementos como a qualidade da água, temperatura, dieta e densidade populacional, visando o desenvolvimento dos peixes e o seu Bem-estar no tanque. A aquicultura, que engloba a piscicultura, desempenha um papel importante na produção global de alimentos oriundos dos peixes, proporcionando significativa atuação econômica em muitas comunidades ao redor do mundo.
Ela também tem atuação na conservação de espécies aquáticas, ajudando a reduzir a pressão sobre as populações selvagens e recuperando peixes de catástrofes ambientais.
pesca industrial
Pesca de Arrasto
Definição
Modalidade de pesca INDUSTRIAL que utiliza redes arrastadas por embarcações motorizadas para capturar espécies aquáticas de interesse comercial.
Impacto Ambiental
Promove a captura de peixes acima da capacidade de reprodução da espécie, ameaçando seu ciclo reprodutivo e o equilíbrio dos ecossistemas marinhos.
Pesca de arrasto, falamos em um mercado inferior a 19% da produção nacional.
Exportação
A exportação brasileira de produtos de origem da pesca de arrasto é quase inexistente, assim nossa produção é voltada para o mercado interno.
Nossa produção de pescados é em sua maioria vinda da aquicultura, a tilápia sendo a espécie mais produzida, correspondendo a 64% da produção nacional e não sendo impactada pela proibição da pesca de arrasto.
pesca artesanal
Pesca Artesanal
A pesca artesanal é um tipo de pesca caracterizada principalmente pela mão de obra familiar, com embarcações pequenas, como canoas ou jangadas, muito diferente da pesca de arrasto.
Na pesca, buscamos métodos industriais e artesanais sustentáveis, equilibrando as necessidades da indústria com a conservação marinha. Na piscicultura, promovemos modelos que asseguram o bem-estar dos peixes, respeitando princípios éticos e contribuindo para um futuro sustentável.
Junte-se a nós nessa jornada pela proteção e defesa dos animais aquáticos.
panorama das espécies no brasil
Identificamos que a vertente com os peixes criados em cativeiro para consumo tem um número considerável, mais de 860.000 toneladas foram produzidos em 2022 (dados Anuário Peixe BR) e 47% desse número corresponde à pesca marinha.
Diante desses números o foco inicial de trabalho no ProDAA será a piscicultura, atingindo um maior número de espécies aquáticas com o BEA.
64% da produção nacional corresponde a espécie Tilápia, que é criada em cativeiro em quase todo Brasil.
99,3% representatividade na piscicultura.
A tilápia é um peixe de água doce amplamente cultivado e pescado em todo o mundo, com diversas espécies do gênero Oreochromis.
Espécie cultivada em quase todo o Brasil, somente Amazonas, Rondônia e Roraima não produzem a espécie.
A produção no Brasil ocupa o 4º lugar na produção mundial do pescado, com 550 mil toneladas, representa 8,4% do volume total (1º China, 2º Indonésia, 3º Egito e 5º Tailândia).
A exportação da espécie no Brasil ocupa o 7º lugar no ranking com 8347 toneladas.
bem-estar animal
O bem-estar abrange diversos aspectos da saúde e vida dos animais, envolvendo seu estado físico e emocional, condições de vida, alimentação e direito a viver sem sofrimento desnecessário. É fundamental para a sustentabilidade de sistemas socioeconômicos e ecológicos, sendo uma prioridade em instituições referências em manejo animal, conservação da biodiversidade e saúde global. Na COP27, o Bem-estar Animal foi discutido como parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, notadamente nos objetivos 11, 12 e 14, este último intitulado “Vida Debaixo D’água”.
Senciência Animais Aquáticos
Ao abordarmos o tema do bem-estar dos animais aquáticos, é fundamental considerar a questão da senciência animal. Senciência refere-se à capacidade dos animais de sentir emoções, dor e prazer.
Pesquisas científicas revelam que os animais aquáticos, como peixes, crustáceos e moluscos, são seres sencientes. Isso significa que eles têm a capacidade de experimentar o sofrimento e o prazer.
- Pesquisas
- Questões éticas
- Avanços
As primeiras pesquisas sobre senciência foi com animais mamíferos, de grande porte, quase nada sobre senciência em animais aquáticos.
O reconhecimento da senciência em animais aquáticos levanta questões éticas em relação ao tratamento dado a esses animais na criaçao, pesca e transporte.
Novas pesquisas mostram que a senciência não está limitada a animais terrestres, e incluem peixes, crustáceos e moluscos como capazes de sentirem dor e estresse.
Eles possuem memória, vivem em comunidades sociais complexas, aprendem uns com os outros, constroem estruturas e utilizam ferramentas. Peixes também possuem sentidos aguçados que permitem reações conscientes e estímulos aos impactos recebidos.Essas evidências comprovam a sensibilidade e a nossa responsabilidade ética em considerar o bem-estar desses animais.
O ProDAA continua incansável e dedicado, rumo a um futuro onde a Proteção e Defesa dos Animais Aquáticos sejam prioridades inabaláveis. Unidos, somos a corrente que sustenta o equilíbrio nas águas, sejam doces ou salgadas e o bem-estar de todas as criaturas que neles habitam.
Ao longo dessa jornada, mergulhamos profundamente nas complexidades das interações entre seres humanos e animais aquáticos, reconhecendo a importância vital de assegurar que cada criatura aquática seja tratada com respeito, dignidade e consideração.
Nosso trabalho se estende ao compromisso com a preservação dos ecossistemas aquáticos para as gerações futuras. Acreditamos que a saúde das águas está intrinsecamente ligada à nossa própria existência, e, como guardiões responsáveis, assumimos a missão de proteger a vida debaixo d’água.
Ao alinhar nossos objetivos com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, estamos moldando um futuro onde os Animais Aquáticos prosperem em ambientes saudáveis e equilibrados.
As diretrizes cuidadosamente elaboradas refletem não apenas nosso conhecimento profundo, mas também nosso compromisso com práticas éticas, sustentáveis e compassivas para as espécies aquáticas!
equipe
Elsa Helena Barreto
Gerente em Relacionamento Corporativo
Nathasha Radmila Freitas
Coordenadora de Relacionamento Corporativo
Giulia Simionato
Assessoria em Relacionamento Corporativo